Dizer que uma estrutura de concreto precisa de tratamento e manutenção ao aparecimento de uma fissura é fácil. Porém, existem muitas outras patologias que podem afetar uma estrutura e que não necessariamente são visíveis. Por isso, é importante saber como e quando identificar esses tipos de danos e como realizar uma inspeção de qualidade.
Dito isso, verificações visuais rotineiras e com ferramentas básicas são sim de grande ajuda para a rápida identificação de problemas que podem ser causados por intempéries ou atividades de uso, mas não deve ser a única forma de se basear as necessidades da estrutura.
Traremos aqui embaixo alguns exemplos dos principais tipos de patologia encontrados em estruturas de concreto e algumas formas de realizar inspeções e ensaios para a correta manutenção da construção.
Patologias de concreto mais recorrentes
Corrosões de armadura
As corrosões de armadura acontecem quando há uma ruptura na estrutura metálica usada para aumentar a resistência do concreto (geralmente aço ou alumínio e chamadas de armadura) e começa a corroê-lo. O material fica mais suscetível a esse tipo de processo quando exposto à umidade e agentes nocivos, como ácidos e cloretos. Caso não seja tratado, este problema pode enfraquecer e em último caso até causar o colapso da estrutura. Um exemplo: ferrugem.
Carbonatação
Como o próprio nome já sugere, essa patologia ocorre devido a um desgaste natural por conta do gás carbônico presente na atmosfera, que deteriora a pasta de cimento e torna o concreto poroso e fraco. Pontes, viadutos e túneis (construções que convivem com uma descarga elevada de CO²) costumam sofrer bastante com esse mal.
Fissuras
O tipo mais comum, ou pelo menos o mais fácil de se reconhecer, das patologias de concreto. Por ser tão comum em qualquer tipo de construção que vemos no dia a dia, pode dar a impressão de que é menos perigoso. Mas caso não investigadas corretamente, essas rachaduras podem piorar com o tempo e colocar a integridade da estrutura em risco. As causas podem ir de proporções erradas nos elementos de mistura do concreto até a inadequação do solo para receber a construção. Por isso, a necessidade de ser levada a sério e investigada desde o início.
Lixiviação
A lixiviação é causada quando o concreto é invadido por água e consequentemente cria o hidróxido de cálcio, que é dissolvido e trazido à superfície da estrutura junto com o magnésio. É o que torna possível a criação de uma outra patologia, a eflorescência. A lixiviação por si só, não causa danos graves, mas abre espaço para a entrada de substâncias agressivas no concreto, que podem levar à corrosão de armaduras, como vimos lá em cima.
Como evitar o agravamento de patologias?
Em toda e qualquer obra, cada estrutura de concreto produzida passa por controles antes e depois de sua finalização. Tudo com o objetivo de garantir a segurança, sustentabilidade e durabilidade da estrutura. Incluindo a previsão de manutenções necessárias após finalização das obras, levando em consideração questões como exposição ambiental, suscetibilidade a intempéries por localização geográfica e finalidade de uso.
Assim, é possível ter um planejamento de inspeções que previnem ou tratam patologias ainda em fases iniciais. O que não elimina a necessidade e importância das verificações visuais de rotina, tanto para checar a possível existência de falhas na estrutura, quanto para acompanhar a evolução de problemas relatados na análise anterior.
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Com essas avaliações rotineiras, é possível identificar a gravidade (se alguma), das patologias e a partir delas definir que tipo de manutenção especializada será necessária para cada tipo de dano.
Quer conhecer algumas? Dá uma olhada na lista abaixo:
Ensaios não destrutivos
Prova de carga: Submeter a estrutura ao carregamento de prova. Analisar o desempenho da mesma sob efeito dos esforços submetidos. Verificação perfeita para conformidade com utilização prevista da estrutura. Ou para troca de categoria de uso.
Ultrassom: Pulsos com objetivo de medir a qualidade do concreto ao determinar a velocidade de propagação das ondas ultrassônicas. Analisar a homogeneidade, detectar falhas internas e descobrir a profundidade de fissuras.
Pacometria: Identificação de materiais construtivos como barras de aço, fiações elétricas e instalações hidráulicas, por meio de indução magnética, que não estejam visíveis. Ou seja, no interior das estruturas..
Esclerometria: Avalia a qualidade do concreto e sua dureza superficial. Serve para descobrir a resistência da área analisada e também para entender as alterações que ocorreram com o tempo nas propriedades do concreto.
Ensaios destrutivos
Medição do potencial eletroquímico de corrosão: Sensores e eletrodos de referência embutidos no concreto de cobrimento da armadura. Monitora a variação da corrente galvânica. Possibilita a estimativa de corrosão com o passar do tempo. Permitindo planejamento de prevenção ou controle.
Resistência à compressão: Aplicação de carregamento por meio de prensa específica a um corpo de prova de concreto até a sua tensão de ruptura. A partir da tensão máxima, é calculada a resistência do concreto à compressão.
Ensaio de carbonatação: Checa a alteração do pH do concreto de cobrimento de uma armadura pela aspersão de um indicador, geralmente, a fenolftaleína. Verifica o estado e diâmetro de uma armadura, assim como a espessura do concreto de cobrimento.
Evidentemente, existem inúmeras variações de testes possíveis para diagnosticar e tratar uma estrutura de concreto. Essas são apenas algumas das mais usuais e populares.
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